Bom, depois de muito tempo sem deixar registrado assim minhas opiniões sobre a vida, volto. Volto porque me parece significativo reforçar as coisas que acredito.Não quero me tornar gente que acompanha massa, quando na verdade observo tudo e sei dar minhas próprias opiniões a respeito das coisas. E nesse mundo, quem não fala parece consentir, só que no meu caso não. Vi muita coisa calada, mas com discernimento. Tem a hora certa pra falar. E no meu caso, a hora certa foi quando percebi que meu caráter é questionado. Não que eu nunca tenha errado na vida. Sim, nasci com uma consciência de mundo ridícula, mesquinha, mimada, ingênua e quaisquer nomes que quiserem dar. Assim como muitos, errei em ideais que escolhi pra defender, puramente por medo da opinião alheia.
Medo é uma palavra e um significado que não deveria existir. Ele é o nosso grande vilão. Medo de ser o que se é. Medo de ser julgado.
Se desfazer do medo nos leva a refletir sobre questões éticas e morais, limite meu e do próximo, a enxergar o outro como a mim mesmo. Temos que deixar de fazer as coisas não por medo, mas por entender que a minha ação agride quem está do outro lado. Não uma agressão ideológica, porque agressões ideológicas devem existir quando uma ideologia oprime pessoas, mas agressões das necessidades básicas de cada um.
Eu tenho uma certa inquietude com pessoas que não entendem esse limite. O limite das necessidades básicas de cada um. A dificuldade que as mesmas tem de enxergar no outro a si mesmo. Nessa empreitada de entender os porquês das coisas, me embriaguei de várias filosofias, que ao meu ver chegam a um mesmo determinador comum: a capacidade de se superar, de sermos melhores com o tempo. Eu sou completamente apaixonada pelas pessoas. Pessoas são vida, pessoas são universos, pessoas são reflexões, pessoas fazem tudo acontecer. Eu sou uma pessoa, você está me lendo agora e entrando um pouco no meu universo, daqui a pouco você termina a leitura e vai dar continuidade ao teu próprio universo. Essa mescla que fazemos constantemente de universos é muito rico, é muito grandioso é o grande barato da vida.
Agora, como você abrigou esse meu universo? Como você lida com as opiniões que estou omitindo? que grau de liberdade você me dá para que o que eu escrevo seja consentimento também para você?
Com certeza, o histórico da nossa relação influenciará muito na forma como você interpreta esse texto. A sua visão de mundo também. Você pode pensar, o que a Adriane está querendo com isso? questionando a minha lucidez sobre as coisas ou induzindo uma certa pretensão minha ao escrever esse texto, na qual já deixei bem claro acima, mas que você não acredita que possa ser realmente isso. Ou soltar um pensamento: "Adriane e suas filosofias...", porque já conhece essa minha inclinação pra essas coisas.
O grau de consciência em que cada um está, influência na forma como se recebe e interage no universo do outro. Por isso é importantíssimo a empatia plena e a consciência de realidade na hora da interação com o próximo. O respeito ao Eu de cada um é imprescindível.